quinta-feira, 12 de outubro de 2017

75 anos Colégio do Minho (Comemorações)

quarta-feira, 9 de março de 2016

V DOMINGO DA QUARESMA, ANO C

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V DOMINGO DA QUARESMA, ANO C
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».
Palavra da salvação.
É uma pena não sabermos aquilo que Jesus escreveu no chão. Teriam sido palavras muito sábias, à semelhança daquelas que hoje dirige aos fariseus e escribas que lhe querem armar uma cilada. É de manhã cedo que Jesus aparece para começar a ensinar, porque a humanidade precisa de ser educada no plano da salvação. Dá a sensação que a pedagogia de Jesus é interrompida pela mesquinhez dos que fazem das praças um tribunal onde o pecado é julgado pela justiça humana que aqui vai chocar com a justiça divina. Uma mulher adúltera é apresentada a Jesus com o motivo da condenação. Jesus volta a impor, sobre as cabeças humanas, o poderio da misericórdia divina. "Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra", palavras que desconcertam a atitude judaica. Foram primeiro os mais idosos a abandonar o tribunal público, mostrando sinal de sensatez madura, consequente da primeira insensatez do julgamento àquilo que lhes deveria ser mais ou menos alheio. O que está em causa neste evangelho e nesta situação, de uma forma muito concreta, é o facto de o pecado ser algo que caracteriza a condição humana. Isso retira o direito de qualquer ser humano julgar quem quer que seja, seja qual for a dimensão do pecado, porque o julgamento está reservado para Jesus, o único que teria autoridade para atirar a primeira pedra. Os carrascos não se limitam a desistir do castigo que queriam aplicar, eles abandonam o local, provavelmente com o peso do seu próprio pecado na sua consciência. Fica apenas uma mulher concreta, que de tão humilhada nem tem a necessidade de pedir o perdão de Jesus, porque a misericórdia tem a iniciativa e a primeira palavra. "Também eu não te condeno". Somos, na nossa vida, os primeiros a julgar o que se passa à nossa volta, mas temos um receio enorme em relação à forma como somos julgados. Jesus ensina que não nos está reservado o direito de decidir sobre qual o castigo referente cada nível de pecado. Porque em nós todo o pecado é mau e degenerativo em relação à nossa dignidade, humana e cristã, e em Deus tudo é misericórdia, para todo o tipo de pecado, e cabe a Deus, o Juiz por excelência, a decisão que envolve o perdão, no pressuposto do arrependimento: "não voltes a pecar". A quaresma é oportunidade de ouro para a nossa compreensão do pecado que nos afasta de Deus e para a descoberta da misericórdia que d'Ele novamente nos aproxima.
ilustração: Christopher Sousa

viagem de finalistas 2016 - Milão, Florença e Roma